Como é que eu melhorei o trânsito intestinal

Em resposta à Branquinha e a outras ninas que também em outras ocasiões me tinham colocado essa dúvida:

Creio que já dediquei posts ao tema e ao longo do blog vou revelando as minhas tentativas/truques para combater o problema muito comum de congestionamento intestinal e prisão de ventre e ainda se eles foram bem sucedidos ou não. A totinha aqui é que nunca se lembrou de criar uma etiqueta para o tema e teria simplificado a vida a muita gente... Fica registada agora.

O meu intestino era muito preguiçoso. Recorrentemente tinha prisão de ventre e isso era associado a vários factores:

• ingestão de pão a mais (pão branco, subentenda-se)
• um quotidiano sedentário e pouco movimentado
• insuficiente ingestão de líquidos
• refeições fartas e/ou pesadas
• muitas horas sem comer (suprimir lanches, por exemplo)
• comer rápido demais (não desfazendo convenientemente os alimentos)
• entre outros (que agora não me ocorrem)

Atenção: o que aqui partilho não é uma solução generalizada mas sim o meu caso pessoal.

Quando o problema é 'crónico' (ou seja, sente-se prisão de ventre quase diariamente) não há outro remédio senão ir experimentando técnicas muito conhecidas. Pessoalmente nunca experimentei qualquer laxante. Todos os truques que usei foram naturais, se assim se podem chamar. E não foram muitos, porque os resultados foram surgindo gradualmente. Este também não é um problema que se solucione do dia para a noite. Há que dar tempo ao organismo para assimilar as alterações que lhe impomos.

Acho que a conjugação de vários factores levaram a que o meu transito intestinal fosse regularizado. Porém, não flui diariamente da mesma forma - há dias em que trabalha como um relógio suíço e a minha barriga anda lisinha e eu leve como uma pluma, e outros dias em que o intestino fica rabugento e preguiçoso. Também ele tem os seus dias menos bons, mas há que ser compreensiva dar-lhe o nosso 'apoio', uma espécie de empurrãozinho extra.

Assim, não adianta partilhar um truque mágico, porque não há apenas um.

Primeiro, tem que haver uma mudança de hábitos básicos:

Tornarmo-nos mais activas

• passar menos tempo possível sentadas
• fazer exercício físico regularmente (o ideal era diariamente)
• beber muita água
• beber 2 chávenas diárias de infusões diuréticas (chá verde, cavalinha, chás que facilitem a digestão)

aliar a isto uma alimentação 'amiga do intestino'

• abolir pão branco da alimentação
• reduzir ingestão de pão a, no máximo, 1 por dia
• pão? integral, de sementes, de mistura... essencialmente negro
• ingerir alimentos leves, de fácil digestão e riscos em fibras ou com 'bichinhos' que operem no intestino: iogurtes, sopas, saladas, vegetais crus ou cozidos, fruta...
• alimentos

Truques extras que acrescentei ou detalhes 'certeiros' que fizeram a diferença:

• copo de água morna com gotas de limão em jejum - todos os dias, religiosamente! Ao fim de uma semana já se sente a diferença. Hoje já não o faço assim mas é raro o dia em que não tome o dito copo de água morna com gotas de limão: depois do almoço e/ou jantar, a meio tarde, antes de deitar ou se me sinto mais pesada. É um truque para nos acompanhar sempre.
• Fruta de manhã, ao lanche, depois das refeições, antes de deitar... temos fome? Temos apetite? Frutinha é a melhor 'moleta' à qual recorrer para matar o bicho, porque é pouco calórica (é certo que tem açúcar, mas é o menor do males por aí...) e estamos a dar a tal ajuda ao intestino. Frutas a preferir e às quais recorrer em caso de emergência intestinal: kiwi (the number one), ameixas, ananás, laranja, maçã...
• cereais ricos em fibras - não os de pequeno-almoço empacotados que eles tresandam a açúcar. Pode ser aqueles da secção de produtos diuréticos e dietéticos do hipers, de marcas como 'Cem Porcento' ou 'Diese'. Os que experimentei com grande sucesso foram os flocos de aveia (que prefiro crus a cozê-los) e flocos de trigo, cvndidos em saquetas, a menos de 1 euros cada e  que durammmm.... Como os ingiro? Preferencialmente ao pequeno almoço: misturo-os com 1 iogurte magro, 2 nozes, quiçá coco ralado e uns pedaços de fruta (kiwi é a minha eleição) e ainda polvilho com canela, para dar algum exotismo ao sabor e porque a canela é um condimento saciante.

E pronto, fazendo isto tudo em simultâneo, com o tempo senti que o comportamento intestinal foi melhorando. Hoje em dia é raro sentir prisão de ventre. Quando sinto, ataco logo com kiwis e o copo de água morna com limão. Evito comer pão e à noite faço refeições ligeiras.

Contudo, cada pessoa é um caso individual. Estes truques poderão funcionar com muitas outras pessoas, mas se forem infrutíferos com algumas é porque terão que tentar outras vias, quiçá químicas. Admito que deve haver muitas outras recomendações e dicas para acabar com a prisão de ventre que eu nem conheça ou até tenha experimentado e não tenham funcionado, mas que resultem noutros. Em última (ou, mais ponderado, em primeira) instância o melhor é consultar um médico.

Na minha opinião um funcionamento regular do intestino é meio caminho andado para o sucesso de uma tentativa de redução de peso. É essencial ter o intestino do nosso lado nessa tarefa, caso contrário pode tornar-se no inimigo número 1.

Fui útil? Espero que sim!